Para fazermos um retrato de Diderot seria preciso, mediante um sistema de espelhos, mostrar suas diferentes faces, simultâneas ou sucessivas: aqui, o filósofo que medita sobre a natureza da matéria, do movimento, da vida ou da alma; lá, o crítico de arte; acolá, o diretor da Encyclopédie que improvisa, que compila, que se informa sobre todas as espécies de profissões; num outro espelho, o dramaturgo que teoriza ou que dita as regras; a menos que seja o contista ou o satírico; ou ainda o epistológrafo. Autor fecundo, Diderot é um dos mais representativos de sua época e um dos que ao século XVIII sobreviveram. Ensaios sobre a pintura, obra elogiada por Goethe, é um trabalho de sensibilidade e refinamento crítico; leitura indispensável para os artistas, os estudantes e os amantes da arte.