A partir da análise das bases históricas do capitalismo, incluindo a sua estruturação amparada na acumulação primitiva e a sua expansão movida por outros atos expropriatórios ou exploratórios da força de trabalho, esta obra compreende a onda terceirizante mundial como resposta do regime à crise estrutural (de sobreacumulação) que lhe aflige nas quatro últimas décadas, ao mesmo tempo em que vislumbra no processo produtivo fragmentário a tentativa política do capital em derrotar a organização do trabalho. Aspectos e efeitos econômicos, sociais, políticos e jurídicos da terceirização são analisados em variadas dimensões, dando-se especial ênfase ao estreito vínculo existente entre a nova marchandage e a elevada acidentalidade no trabalho causadora de mortes e mutilações de empregados terceirizados dos setores elétrico, petroleiro e da construção civil. Uma leitura obrigatória, especialmente em tempos de debate, no âmbito do Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, acerca da tentativa burguesa em escancarar a terceirização e, assim, aumentar ainda mais os níveis alarmantes de mortos e sequelados por esse perverso modo de atuação empresarial.