Relegadas à condição de saber arcaico, as qualidades primordiais quente, úmido, frio e seco nunca foram até hoje devidamente compreendidas e utilizadas pelos astrólogos. Elas são nada menos do que o cerne sutil da realidade. Assim, a decisão do autor de mergulhar no intangível e revelar por meio dessas dinâmicas o âmago e o sentido amplo da astrologia constitui uma aventura prometeica, que ilumina a astrologia a partir das qualidades primitivas tradicionais, que são a base dos quatro elementos, dos signos e dos planetas astrológicos. Explicar de modo didático essa onda primordial, esse movimento cíclico essencial do próprio tempo, presente em todas as coisas manifestadas, é uma tarefa pioneira e árdua, e tem o mérito de tirar a astrologia de uma esfera nebulosa para dar-lhe um sentido mais inteligível, uma linguagem mais precisa, com a devida ênfase no fator tempo o grande unificador de todas as coisas e a essência da própria astrologia. [...]