Quantas pessoas matamos desde que aprendemos o real significado das relações interpessoais? A morte e suas mil e uma faces pode surpreender. Mestre em disfarces, nem sempre caminha ao nosso lado acompanhada de sangue, caixões e cinerários. O percurso, que se inicia na carne, passando pela mente e encerrando na alma, uma trajetória de pedras que calejam as plantas dos pés, obrigando-nos a admitir todos aqueles que outrora deixamos para trás. Cada partida, física ou espiritual, despedida, abandono ou descaso social, é uma forma de matar o outro. E quando essas mortes acontecem, engavetamos aquilo que sentimos e lutamos, incansavelmente, para adensar o lixo que preenche os abismos do nosso ser. A morte ocidental, aliás, sugere engavetar pessoas, quando as colocamos em caixões sob a terra...