Júlio Bittar é o Poeta das Imagens. Como pouquíssimos artistas, domina com esmera perfeição a linguagem poética e a das cores, elevando as Belas Artes por entre as paisagens Alucinadas da Aldeia. Seu imaginário transgride a estrutura dos sonhos e povoa o juízo dos leitores com imagens de extraordinária beleza, que retomam, por vezes, uma São Paulo perdida em meio às sombras de seus desbravadores. No meu último devaneio literário, percorri o caminho através das Entranhas Alucinadas da Aldeia chegando até o maravilhoso quadro Trinca de Ases, e pude viajar, juntamente com o Artista, por esse amplo ideário calcado no mundo dos versos e da pintura. Segue uma escrivinhada minha dedicada ao grande poeta Júlio Bittar e a sua mais nova obra: 21 horas/ O Opala marrom reduzia a marcha / E dobrava uma travessa da Rua XV de Novembro / No centro de São Paulo/ Fazia frio na cidade das máquinas/ No Bar da Saudade / Circunscrito na mediana da reta que passa pela Avenida São João/ O poeta Bittar [...]