A universidade brasileira no século XXI se vê obrigada, por imperativo ético e moral, a perguntar-se incessantemente se a forma (e conteúdo) de sua expansão não empreendeu um processo de distinção social, uma vez que a nova vaga muitas vezes impregnou-se de inegável desvalorização consoante sua perda de substância no bojo do processo de expansão. Os temas densos e tensos presentes em tais questões encontram neste livro de Valdemar Sguissardi a opinião de um respeitado estudioso brasileiro que acumulou intensa experiência na análise do ensino superior e de suas vicissitudes em tempos de noite escura que aguarda os sinais do dia claro. Os estudos aqui reunidos oferecem subsídios preciosos para que o leitor interessado no tema da universidadee preocupado com seu futuro neste século XXI que se inicia, possa valer-se do acervo rico de informações que Sguissardi nos oferece para burquianamente perguntar: o que torna conservadora a obra da renovação?. No caso do ensino superior, essa questão jamais poderia ser enfrentada sem os escritos desse grande especialista. Do prefácio de Marcos Cezar de Freitas