Dora Maar, Henriette Théodora Markovitch, seu verdadeiro nome, nasceu em Paris, em 1907, de um pai croata, arquiteto, e de uma mãe católica fervorosa. Depois de uma infância austera passada em Buenos Aires, ela volta, com 20 anos, para sua cidade natal e aí se impõe como fotógrafa surrealista. Musa de Man Ray, companheira do cineasta Louis Chavance, depois de Georges Bataille, ela não demora em fazer parte de um círculo estético que revoluciona o mundo da arte do período entre guerra. Intelectual torturada, artista com extrema consciência política, ele se tornará a mulher que chora, amante de Picasso.