Quem sabe completamente da essencialidade e do sentido da vida? A busca dessa e de outras respostas é tema deste Vida útil do tempo, do poeta Raimundo Gadelha. "Um dia o Eu vai alcançá-lo (o sentido da vida). Enquanto isso, a busca continua, é dela que o Homem se alimenta". No prefácio, Nelly Novaes Coelho trata Vida útil do tempo como um "título ambíguo, que tanto sugere a utilidade do tempo vivido, quanto a validade da vida em sua duração temporal". Essa dualidade de sentidos faz desta uma obra ainda mais rica. Uma obra única em sua originalidade, tanto na essência das palavras como no material do livro, a começar pela capa: nenhuma é igual à outra, cada exemplar é único. Com acabamento artístico, utilizando-se de lona de caminhão usada como matéria-prima, percebe-se a alusão à viagem pelo tempo e pela existência do ser humano. No interrogar sem limites, Raimundo Gadelha prossegue em busca do "novo rosto" do Homem, escondido no tempo passado e no tempo futuro, com sua poesia repleta de símbolos e metáforas existencialistas.