A obra que o jovem acadêmico Gydeon Pereira França nos apresenta vem num momento em que o Direito Processual Penal brasileiro passa por sérios riscos de sofrer retrocessos capazes de sepultar conquistas efetivadas a duras penas no decorrer de décadas de consolidação de direitos e garantias individuais no mundo. Estamos em um momento em que o populismo jurisdicional se expande e apresenta a relativização das garantias e dos direitos individuais como a panaceia capaz de reduzir a criminalidade em todos os sentidos. Órgãos e instituições que constitucionalmente têm a finalidade de dar efetividade ao fundamento exposto pelo inciso III do artigo 1º da Constituição Federal, tal como o Ministério Público Federal, apresentam, de forma irresponsável e impensada, medidas de cunho fascista, tendentes a maximizar o estado policialesco como método de minimizar a criminalidade.