Em uma emocionante passagem do livro, a autora diz; minha mãe sempre teve o dom único de fazer das mãos, fontes de criação. Tecidos simples viravam roupas com talhes impecáveis. Fez moda quando nem se falava nisso. Costurava em sua máquina manual, a Mariquinha. De dia, minha mãe ia para a roça. Costurava à noite, com a luz da lamparina. E dela emanava uma alegria, um tal contentamento em fazer aquilo, que eu sentia toda a emoção saindo do seu ser e vindo pousar em mim. Ema Maurer não tinha só habilidade nas mãos. Tinha habilidade de espírito. Tinha sabedoria e coragem.