A revolução social: Lenin e a América Latina foi publicado pela primeira vez em espanhol em 1985. Com quase quarenta anos de distância de sua primeira edição, o texto segue necessário para quem se interessa pela continuidade do pensamento leninista para além das fronteiras temporais e geográficas da Revolução Russa. Com base nas experiências históricas da Rússia, Nicarágua e Cuba Marta Harnecker retoma várias formulações de Lenin para contextualizá-lo na América Latina da década de 1980, mostrando a atualidade de muitos de seus escritos e também a necessidade de não utilizá-lo como um modelo fechado. Marta mostra como o revolucionário russo, no calor da hora, construía suas análises de conjuntura e planejava articulações estratégicas com os diversos setores sociais para encontrar uma marcha acertada para o processo revolucionário, não se precipitando e incorrendo nos riscos dos desvios do esquerdismo, mas ao mesmo tempo não cedendo ao etapismo ou ao reformismo, desvios à direita.