Descartes, o iniciador do pensamento moderno, esperou o fim da vida para responder à questão: o que é a filosofia? A espera não se deve só a razões históricas, e talvez constitua uma lição de filosofia. Se a resposta cartesiana intervém apenas na Carta-prefácio dos Princípios da Filosofia, em 1647, ao termo de um caminho intelectual tão notável quanto decisivo, é porque a filosofia é também ofício de paciência, porque o ritmo do pensamento deve esposar o da vida. Trata-se aqui de tornar-se sábio: cabe perguntar-se o que isso significa e implica, mas não se esquecer de viver esperando achar suas respostas. Descartes, o iniciador do pensamento moderno, esperou o fim da vida para responder à questão: o que é a filosofia? A espera não se deve só a razões históricas, e talvez constitua uma lição de filosofia. Se a resposta cartesiana intervém apenas na Carta-prefácio dos princípios da filosofia, em 1647, ao termo de um caminho intelectual tão notável quanto decisivo, é porque a filosofia é também ofício de paciência, porque o ritmo do pensamento deve esposar o da vida. Trata-se aqui de tornar-se sábio: cabe perguntar-se o que isso significa e implica, mas não se esquecer de viver esperando achar suas respostas.