Quase toda a psicologia profunda tem como funcionamento a relação da criança com a mãe. Pouco ou quase nada se fala do pai e de sua função arquetípica na vida psíquica, exceto pela menção de seu papel na consecução de um Eu heróico a partir da adolescência. Todavia, será que o papel do pai é apenas o de transmitir a consciência e a tradição, ou seja, apenas a exterioridade, o ethos e a lei? Ou o pai, ao lado da mãe, seria de fato uma das colunas básicas do inconsciente, tanto do homem como da mulher? Se assim for, como visualizar a presença e a manifestação do arquétipo do pai, juntamente com seu necessário e consequente papel na vida humana? Se é verdade que ¨pai ausente¨ significa ¨filho carente¨, como sanar a carência por meio de uma presença realmente significativa e eficaz?