Publicada em 1859, quando o escritor tinha pouco mais de trinta anos, Felicidade conjugal é talvez a primeira obra-prima de Lev Tolstói e prenuncia um tema que terá importância fundamental na vida do autor russo - o tema do desejo, neste caso apreendido do ponto de vista feminino. Ao contrário do que ocorre em A Sonata a Kreutzer (1891), obra de andamento vertiginoso e com a qual este livro forma um estranho díptico, o tom dominante é dado aqui pela delicadeza da Sonata ao Luar, de Beethoven, peça que a narradora executa nas páginas de início e fim da novela. Com um talento incomum para descrever os estados de alma de suas personagens, Tolstói põe em destaque a figura da jovem e bela Mária, que narra as várias etapas de sua vida amorosa, desde o primeiro despertar dos sentidos até o momento em que, tendo experimentado por si mesma o absurdo da existência, ela pode, enfim, voltar à própria vida. Combinando sutileza e gravidade, o "observador genialmente perspicaz" que foi Tolstói - segundo as palavras de Boris Schnaiderman, que assina a tradução, as notas e o posfácio - escreveu uma novela em que "o humano e o literário encontram o seu máximo de expressão". Publicada em 1859, quando o escritor tinha pouco mais de trinta anos, Felicidade conjugal e talvez a primeira obra-prima de Lev Tolstoi e prenuncia um tema que tera importancia fundamental na vida do autor russo - o tema do desejo, neste caso apreendido do ponto de vista feminino. Segundo Boris Schnaiderman, Tolstoi escreveu uma novela em que o humano e o literario encontram o seu maximo de expressao .Publicada em 1859, quando o escritor tinha pouco mais de trinta anos, Felicidade conjugal e talvez a primeira obra-prima de Lev Tolstoi e prenuncia um tema que tera importancia fundamental na vida do autor russo - o tema do desejo, neste caso apreendido do ponto de vista feminino. Segundo Boris Schnaiderman, Tolstoi escreveu uma novela em que o humano e o literario encontram o seu maximo de expressao .