O que está em jogo na literatura? No que consiste o fogo que nossos relatos perderam, mas que aspiram, a todo custo, recuperar? O que é a pedra filosofal que os escritores, com a mesma paixão e obstinação dos alquimistas, empenham-se para forjar em suas fornalhas de palavras? E o que é que em todo ato de criação resiste tenazmente à criação, conferindo assim a cada obra sua força e graça? Por que motivo pode-se encontrar na parábola o modelo secreto de toda narrativa? Nos dez ensaios de O fogo e o relato, Giorgio Agamben condensa as preocupações que estão no cerne de suas investigações filosóficas. Em busca do elemento passível de ser desenvolvido e da zona impessoal de indiferença entre o autor amado e seu leitor, o filósofo italiano convoca grandes interlocutores Dante Alighieri, Franz Kafka, Paul Celan, Giorgio Caproni, Giorgio Manganelli, Pier Paolo Pasolini, Cristina Campo, Simone Weil, Aristóteles, Espinosa, Walter Benjamin, Roland Barthes, Heidegger, Hölderlin, Gilles Deleuze, Michel Foucault e os coloca na ordem do dia, ou no centro do vórtice, para fazer menção a um dos ensaios mais poderosos do volume. Apresentadas por Agamben em lugares e contextos diversos, as reflexões reunidas em O fogo e o relato trazem conceitos-chave na obra do autor como inoperosidade, uso, potência-de-não e forma-de-vida e tratam, em última instância, da linguagem e da relação entre vida e obra.O que está em jogo na literatura? No que consiste o fogo que nossos relatos perderam, mas que aspiram, a todo custo, recuperar? O que é a pedra filosofal que os escritores, com a mesma paixão e obstinação dos alquimistas, empenham-se para forjar em suas fornalhas de palavras? E o que é que em todo ato de criação resiste tenazmente à criação, conferindo assim a cada obra sua força e graça? Por que motivo pode-se encontrar na parábola o modelo secreto de toda narrativa? Nos dez ensaios de O fogo e o relato, Giorgio Agamben condensa as preocupações que estão no cerne de suas investigações filosóficas. Em busca do "elemento passível de ser desenvolvido" e da "zona impessoal de indiferença" entre o autor amado e seu leitor, o filósofo italiano convoca grandes interlocutores - Dante Alighieri, Franz Kafka, Paul Celan, Giorgio Caproni, Giorgio Manganelli, Pier Paolo Pasolini, Cristina Campo, Simone Weil, Aristóteles, Espinosa, Walter Benjamin, Roland Barthes, Heidegger, Hölderlin, Gilles Deleuze, Michel Foucault - e os coloca na ordem do dia, ou no centro do vórtice, para fazer menção a um dos ensaios mais poderosos do volume. Apresentadas por Agamben em lugares e contextos diversos, as reflexões reunidas em O fogo e o relato trazem conceitos-chave na obra do autor - como inoperosidade, uso, potência-de-não e forma-de-vida - e tratam, em última instância, da linguagem e da relação entre vida e obra.