Dois anos depois de inaugurar, com o lançamento simultâneo de cinco volumes, a coleção Canto do Bem-Te-Vi, dedicada à produção inédita de poetas brasileiros vivos, a editora Bem-Te-Vi coloca no mercado a segunda série da coleção, envolvendo também cinco títulos. Marcada pela pluralidade de caminhos própria da poesia contemporânea, em lugar de jovens poetas estreantes, a coleção contempla desta vez autores de diversas gerações, com passagem mais ou menos intensa pelo mercado editorial. É o caso de Astrid Cabral, que lança Ante-sala, de Elisabeth Veiga que assina A estalagem do som e André Luiz Pinto, que apresenta Ao léu. Paula Padilha e Solange Casotti fazem novas incursões editoriais pelo gênero com tempo inteiro e Tectônicas, respectivamente. Como na série de 2005, nesta nova fornada da coleção Canto do Bem-Te-Vi, a escolha dos autores e do material a ser editado foi feita pela comissão de poesia do conselho consultivo da editora, formada pelo poeta Armando Freitas Filho, o escritor e crítico literário Silviano Santiago, o jornalista Luíz Paulo Horta, a editora responsável da Bem-Te-Vi, Lucia Almeida Braga e a poeta e editora executiva Lélia Coelho Frota. Para Armando Freitas Filho, a principal característica da poesia contemporânea, que também permeia a coleção Canto do Bem-Te-Vi, é "a pluralidade de caminhos. Não há uma escola fechada e os poetas estão livres para escolher a sua maneira de ser e de escrever. A poesia contemporânea é uma poesia sem receita".