'Eu nunca morrerei totalmente', confidenciou, certa vez, João Paulo II a jornalistas. A afirmação parece hoje profética; depois de ter sido enterrado na cripta da Basílica de São Pedro perante mais de 300 mil fiéis, líderes políticos de 150 países e representantes de todas as religiões, no maior funeral de uma personalidade pública já realizado até hoje, o papa João Paulo II está colhendo os primeiros frutos de sua incansável peregrinação pela paz durante 26 anos de pontificado. Ali mesmo, em Roma, inimigos históricos como Moshe Katsav e Bashar al-Assad, presidentes de Israël e da Síria - dois países em estado de guerra -, cumprimentaram-se, abrindo melhores perspectivas para um futuro diálogo. Quem foi João Paulo II? Sua trajetória da pequena Wadowice, sua terra natal, até o Vaticano; sua juventude na Polônia, às vésperas da Segunda Guerra Mundial; a produção literária, a eleição como papa, as viagens, as idéias, realizações e posições como chefe da Santa Sé - este é o brocado que compõe as páginas de 'O peregrino da fé - A cruzada de João Paulo II pelos caminhos do Evangelho'.