As décadas de 1960 e 1970 do século passado foram períodos de grande desenvolvimento e criatividade do design mundial. Por um lado tempo pleno desenvolvimento do estilo internacional com a implantação de uma cultura de identidade visual corporativa, de caráter internacional, que contemplava os interesses das grandes empresas. São as companhias petrolíferas, as empresas automobilísticas, as indústrias química e farmacêutica, os fabricantes de eletrodomésticos e depois de produtos eletrônicos marcando visualmente seu poder pelo mundo afora. Em outro plano, no underground, a revolução cubana, as revoltas estudantís, os movimentos hippies e de protesto político contra a guerra do Vietnã, também geraram novos conceitos em comunicação visual. O psicodelismo é um desses fatos que acabariam por influenciar a visualidade formal e informal do final do século XX, e que aqui é visto e explicado por Carlos Perrone através das letras e dos tipos contestadores e iconoclastas. São podutos, muitas vezes, despreocupados com a artes e com o design, mais interessados em pulsar com energia naqueles novos tempos. O autor é designer gráfico, dirige o estúdio DesenhoLógico em São Paulo. É professor de História da Arte na FAAP e coordenador do curso de Design de Interiores da UNICID. Foi curador das áreas de moda e design na exposição Anos 70: Trajetórias, do Itaú Cultural e de outras exposições de design.