Neste ensaio histórico-genealógico, o autor demonstra a importância dos novos cristãos na formação socioeconômica e cultural do Rio de Janeiro, marcadamente durante o século XVII; seguindo-se a perda de poder e influência dos mesmos no início do século XVIII, por efeito da Inquisição. Desorganizou-se, então, a afluente e coesa comunidade marrana que retornava ao judaísmo padrão. Escritores judeus já haviam narrado esses trágicos acontecimentos. Todavia, o estudo do autor, um não-judeu, aprofunda o entendimento do ocorrido, tendo por eixo as origens judaicas da sua família Abreu Sodré, até hoje conhecida. Não fosse a Inquisição (essa é a tese da obra), contaríamos milhões de judeus sefaraditas no Brasil, hoje.