Neste segundo volume de contos de Decio Zylbersztajn, homens e mulheres, prisioneiros de hábitos e amarras sociais, ávidos da consciência de si mesmos, experimentam o mergulho alma adentro, resgatando similares rancores, desejos e incompletudes. E atingem profundezas abissais, porque um abismo chama outro abismo. A onomástica atua como recurso narrativo e remete a religião, mitologia, história, arte, cultura, negócios. São referenciais que dão suporte fisiográfico e psicossocial para um debate mais amplo: certas inquietudes diante da vida como ela se apresenta, com o amargor da insatisfação e do estranhamento. Histórias de gente que exerce as seculares escolhas entre o ter e o ser, entre o acadêmico e a herança cultural pela via do folclore, entre a rebeldia e a resignação. Em cada escolha, a renúncia ou, no mínimo, o desapego.