“Negro é o modelo, branca é a moldura”: assim Françoise Vergès resume a condição atual de boa parte dos museus e instituições culturais, em que saberes, objetos e produções artísticas de populações marginalizadas são expostos, narrados e rentabilizados em benefício da manutenção e ampliação do poder das elites brancas colonialistas. Neste livro, a pensadora propõe o desmantelamento da estrutura de tais instituições e sua substituição por outras formas de gerir, apresentar e distribuir as riquezas culturais que elas detêm, garantindo que a circulação desses artigos e dos conhecimentos a ele vinculados sejam mediados por um compromisso real com as populações por ele representadas.