Toda biblioteca é permanentemente perigosa e, embora esteja sempre atrelada a agentes reprodutores da ideologia de Estado, é o espaço que mais pode subverter a produção cultural. É uma bombarelógio que pode explodir a qualquer momento, pois contém o elemento básico para a ação do indivíduo - a informação. Ao ordenar os registros do conhecimento humano, a biblioteca reúne discursos contraditórios e assim se torna uma fonte de conflitos, um ninho de desordem. Explode o dogmatismo de um conhecimento único muito próximo a fé e à verdade absoluta. Passa a incomodar as pessoas com o demônio das possibilidades múltiplas.