Reúne o ciclo de ­conferências do autor em janeiro-fevereiro de 2016 na École Normale Supérieure (ENS), Paris. As quatro aulas­ traçam uma história crítica da recepção das ideias de Ferdinand de Saussure e de Émile Benveniste no Brasil. Saussure e Benveniste introduziram na linguística de seu tempo uma perspectiva que perdura até hoje e que se configurou como incontornável: o pertencimento da linguística às ciências do homem. Com esses dois pensadores, somos obrigados a desconfiar do alinhamento da linguística a todo modo de fazer ciência que ignore o essencialmente humano: a capacidade simbólica de produzir sentido. a imbricação homem/linguagem é necessária e constitutiva das linguísticas que Saussure e Benveniste ajudaram a criar, na justa medida em que é a única formulação conciliável para a evidência de que é um homem falando com outro homem que encontramos no mundo. É por acreditar nesses princípios gerais que, para construir uma história da presença de Saussure e Benveniste (...)