Constantemente o Irã ganha as manchetes de jornais e revistas como um estado que atua fora do entendimento de normalidade. Às vezes o classificam como pertencente a um Eixo do Mal, outras vezes apenas como um ator não confiável e que tem pretensões de iniciar uma guerra nuclear. Seja qual for o argumento que se lance mão, o fato preponderante é que desde 1979, com a instauração da República Islâmica do Irã, o mundo muçulmano passou a ter um modelo mais efetivo de sistema de governo. Com a implantação do wilayat al-faqih modelo que institui a figura do Líder Supremo o Irã se converteu em um inimigo do Ocidente por afrontar a democracia. O livro "Os Aiatolás e o receio da República Islâmica do Irã" faz uma abordagem da história do Irã desde o surgimento do xiismo até os dias atuais, contudo, dá ênfase aos eventos do século XX que fizeram com que os clérigos ganhassem ainda mais poder no país até a Revolução Islâmica, em 1979.