Este livro busca refletir sobre como o processo de formação de professores constitui-se em um ato político de construção da democracia e da autonomia no âmbito do cotidiano da escola. Cotidiano este massacrado pelas políticas de reformas curriculares e de avaliações externas em larga escala. Nesse sentido, a formação de professores aqui é entendida como intrinsecamente política numa dupla dimensão: por um lado, é por meio de processos formativos que esses professores constituem-se em sua historicidade; por outro lado, a formação, fundada na aceitação do outro como legítimo sujeito protagonista de seus processos formativos, apresenta-se como a realização da convivência cooperativa, orientada a entendimentos e consensos, que nega a dominação e elabora em favor da democracia. Sendo assim, neste livro é apresentada uma proposta crítica de modelo da interação entre professores como procedimento de legitimação normativa, por meio de uma deliberação democrática. Nesse modelo, a formação (...)