Sete casos de assombração (e de esperteza) colhidos na melhor tradição brasileira, narrados numa linguagem que recria o humor, o jeito e o ritmo mineiro de contar. Há esqueletos e cemitérios, defuntos falsos ou não, sonho e realidade em interferênciaSete é conta de mentiroso... O número não deve ter escapado a Angela Lago ao selecionar as lorotas - das boas - reunidas neste livro. São casos de assombração (e de esperteza) colhidos na melhor tradição brasileira, narrados numa linguagem que recria o jeito e o ritmo mineiro de contar. Há esqueletos e cemitérios, defuntos falsos ou não, sonho e realidade em interferências mútuas de arrepiar. Mas nada disso dá medo: o suspense e o humor se combinam para desmascarar esse outro plano da imaginação e incorporar a morte ao conjunto das coisas que simplesmente são - em Bom Despacho, a cidade onde tudo acontece, ou em qualquer lugar. Tornada palavra, a morte se deixa narrar, e narrada se torna propriedade de quem a diz. Essa posse, aliás, vem tematizada explicitamente em algumas das histórias.