Apesar de apresentarem aspectos positivos, nos últimos anos, programas de coleta seletiva compartilhada têm enfrentado desafios que ameaçam sua sustentabilidade e que afetam principalmente os grupos organizados de catadores que têm parceira com prefeituras. Em tempos de forte crise de emprego e de busca de novas oportunidades de negócio, o mercado de recicláveis atraiu novos atores. Multiplicou-se o número de catadores avulsos e de caminhões de empreendimentos informais de sucata. Por outro lado, a oscilação do dólar repercutiu no valor dos recicláveis e vem dificultando sua venda, pois gerou importação de insumos por preços mais baixos. Estas mudanças, propiciadas pela lógica de mercado, não podem ser ignoradas pelos formuladores dos programas de coleta seletiva com gestão compartilhada.