Este livro é, indiretamente, o resultado de uma insatisfação do autor, uma insatisfação que tem com o modo habitual de trabalhar o tema do direito, da hermenêutica e da argumentação jurídica, que presta pouca atenção aos fundamentos da natureza humana e praticamente nenhum interesse por suas origens mais profundas. Neste livro, sua intenção é a de demonstrar que se aceitarmos os melhores dados disponíveis sobre como são os seres humanos, considerados sob uma ótica muito mais empírica e respeitosa com métodos científicos, podemos reconstruir os melhores e mais profundos pensamentos humanos sobre o direito e sobre a tarefa do jurista-intérprete, de dar 'vida hermenêutica' ao direito positivo em sua relação na prática cotidiana.