Um olhar sobre as práticas de Educação Especial operadas no contexto educacional contemporâneo nos possibilita compreender que, desde a emergência das políticas de educação inclusiva, as ações que constituem a Educação Especial vêm apresentando deslocamentos significativos. Se tradicionalmente a Educação Especial atuou na produção de práticas visando à normalização, via reabilitação dos sujeitos que constituem o seu público-alvo, desde o final do século passado passou a defender a necessidade de práticas que, discursivamente, afirmam-se centradas na escolarização e que hoje têm como foco prioritariamente a escola comum/regular, agora adjetivada como inclusiva. Trata-se de uma mudança de ênfase nos discursos postos em circulação que, ao deslocar o olhar da normalização para a escolarização, passa supostamente a produzir sujeitos capazes de atuação mais autônoma na sociedade. [...]