Em uma empresa, a negociação não ocorre (ou pelo menos não deveria ocorrer) apenas na hora que estoura uma greve, mas, sim, no dia a dia. A greve é um sintoma que aponta justamente a falência da relação do corpo diretivo da organização com os empregados e dessas negociações cotidianas. Se esses diálogos não forem bem conduzidos e costumeiros, o acúmulo de ressentimentos e frustrações irá estourar com força nos momentos de greve. Fazendo uma analogia, trata-se do mesmo princípio de se limpar a sujeira para baixo do tapete. Quando se tirar o tapete, a limpeza do chão irá exigir muito mais do que se aquela sujeira tivesse sido colocada no seu devido lugar na hora certa.