Curiosa temática. Um livro de poemas sobre a insônia, Horas de Insônia de Paul Bungart. Todas as noites maldormidas podem se transfigurar em poemas, ou serão horas também caminho para se metabolizar noites em claro, clara a poesia? A insônia é um animal que se deita conosco, instala-se feição de monstro sobre nosso rosto, como na arte de M.C. Escher, especificamente Dream (1935), a impressionante formiga defronta o homem deitado. Os poemas deste livro se economizam, a síntese em poucos versos, não se derramam as palavras Como clamores, a evocação enxuta que o diferencia eo torna afim àqueles que deram partida ao moderno na dicção poética brasileira.