A criação em cativeiro tem papel fundamental na preservação das espécies. O canário silvestre ancestral, provavelmente, não é mais encontrado na natureza. No Brasil ele nunca existiu. A sua origem é estrangeira, sendo que existia apenas uma cor na natureza. Atualmente, existem 358 cores diferentes e mais de 20 raças reconhecidas oficialmente. Na verdade, se não existissem os criadores, não existiria esta enorme variedade de cores e raças. Através de cruzamentos seletivos, foi desenvolvida uma grande variedade de canários durante um período superior a quinhentos anos. Os ingleses faziam experiências com os tamanhos e as formas existente, conseguindo criar algumas variações da raça, entre elas, o Norwich, o Yorkshire e o Gloster. Os franceses e italianos optaram por lidar com a postura dos canários e obtiveram vários exemplares com diferentes curvaturas da espinha, já os alemães se interessavam pela habilidade vocal do canário. Como em qualquer outra criação, o sucesso é resultado da capacidade técnica do criador. Não adianta adquirir canários de alta qualidade genética, se o criador não os mantém de maneira adequada, realizando os cruzamentos corretos e tomando cuidados necessários para proporcionar saúde e bem-estar aos pássaros. Neste livro, são apresentadas as técnicas utilizadas pelos melhores criadores para quem deseja iniciar uma criação de Canários de Porte.