Na poesia brasileira do século XX, poucos manejaram tão bem a forma soneto como Vinicius. A leitura deste livro provoca dois tipos de prazer: o que vem da perfeição da forma, exercitada com elegância, e o que se produz na sua ultrapassagem, momento eNa poesia brasileira do século XX, poucos manejaram tão bem a forma soneto como Vinicius. A leitura deste livro provoca dois tipos de prazer: o que vem da perfeição da forma, exercitada com elegância, e o que se produz na sua ultrapassagem, momento em que a forma é mero condutor para o enobrecimento da realidade. Os sonetos desse livro, publicado pela primeira vez em 1967, foram escritos ao longo de trinta anos, a partir do início da década de 30. Apesar do vasto espaço de tempo que os separa, eles guardam uma semelhança que vai muito além da submissão ao formato clássico: para Vinicius de Moraes, os sonetos eram uma via de acesso ao sublime, mesmo quando essa elevação se processava por meio da linguagem prosaica do cotidiano aparentemente banal e da transcendência nas pequenas coisas.Na poesia brasileira do século XX, poucos manejaram tão bem a forma soneto como Vinicius. A leitura deste livro provoca dois tipos de prazer: o que vem da perfeição da forma, exercitada com elegância, e o que se produz na sua ultrapassagem, momento em que a forma é mero condutor para o enobrecimento da realidade. Os sonetos desse livro, publicado pela primeira vez em 1967, foram escritos ao longo de trinta anos, a partir do início da década de 30. Apesar do vasto espaço de tempo que os separa, eles guardam uma semelhança que vai muito além da submissão ao formato clássico: para Vinicius de Moraes, os sonetos eram uma via de acesso ao sublime, mesmo quando essa elevação se processava por meio da linguagem prosaica do cotidiano aparentemente banal e da transcendência nas pequenas coisas.