No livro é vinculada a psicologia histórico-cultural de Vigotski com o pensamento político de Gramsci, o qual é por si só uma teoria da subjetividade como demonstra o conceito de senso comum. Tal proposta teórica original se refere a um contexto concreto: a luta política no MST. Esta perspectiva gera reflexões e assume importância se considerada a partir da psicologia europeia ou estadunidense, sempre mais rigorosas do ponto de vista do método e, ao mesmo tempo, sempre mais irrelevantes enquanto não consideram os contextos concretos de vida das pessoas. Ao contrário no Brasil, como em toda a América Latina, afirma-se uma ¿psicologia concreta¿, que se refere aos seus contextos históricos e políticos, por isso assume teorias como as de Vigotski e Gramsci. Uma perspectiva que faz seu o objetivo da ¿psicologia crítica¿: a ¿relevância externa emancipatória¿. Tal característica da psicologia latino americana não é casual, mas depende de causas precisas relacionadas à história e à cultura da América Latina, à dramaticidade de seus problemas. Este livro é um belo exemplo desta psicologia latina americana concreta e relevante.