Do ponto de vista psiquiátrico é muito intrigante de se notar que as grandes Revoluções Científicas, com Tales, Arquimedes, Copérnico, Galileu, Newton, Einstein, Planck, não foram feitas por mentes que simplesmente descobriram fatos novos na Natureza, e sim por mentes que descobriram, dentro de si mesmas, como olhar diferentemente para fatos já conhecidos. A Revolução Científica, portanto, é bem mais mental do que factual. Neste livro também levantamos respostas para outras questões da cognição com importância clínica: Como se dá o funcionamento da inteligência, desde a indução empírica dos fatos até à dedução teórica das hipóteses? Aliás, o que é, do ponto de vista mental, o empírico e o teórico? Quais são os fundamentos psíquicos, não apenas espistemológicos, lógicos, da gênese do conhecimento? Como nossas emoções, sentimentos, moral, vontade, afetos, embaçam nossa inteligência? ou como nossa inteligência pode clarear nossas emoções, sentimentos, afetos, moral?