No monólogo King Kong Fran, a figura da tradicional atração circense da mulher-gorila é usada para falar de sexualidade e de distinção de gênero como construção social. Subvertendo a lógica patriarcal, a personagem Fran, encarnada por Rafaela Azevedo, convida o público a conhecer o avesso dos estereótipos do que se entende comumente por feminino, invertendo de maneira cômica e irônica a lógica machista. Ao criar cenas que refletem sobre os papéis destinados a mulheres na vida e na arte circense, o jogo de cena de King Kong Fran evidencia a rotina de constrangimentos sofridos pelas mulheres e reafirma a objetificação, a violência, o assédio, o silenciamento e a pressão estética que são amplamente naturalizadas no dia a dia. Além do texto da peça na íntegra, o livro conta ainda com textos de Viviane Mosé, Letrux, Rafaela Azevedo e Pedro Brício sobre a peça e os temas explicitados King Kong Fran, além de quarta capa de Maria Ribeiro. A edição tem ilustrações de Juliana Montenegro.(...)