Dando continuidade ao estudo iniciado em O grande código, Northrop Frye delineia a influência de temas e formas expressivas da Bíblia na literatura ocidental, analisando autores como Dante e Shakespeare, Yeats e Eliot, na tentativa de elucidar até que ponto a unidade canônica da Bíblia indica ou simboliza uma unidade imaginativa muito mais ampla na literatura secular. Uma vez que toda sociedade humana possui uma mitologia que é herdada, transmitida e diversificada pela literatura, Frye analisa a linguagem bíblica em busca de quais seriam os princípios que deram à literatura o seu poder de comunicação no decorrer dos séculos e de todas as mudanças ideológicas, argumentando que os textos bíblicos devem ser lidos em sentido imaginativo e poético, em vez de histórico ou doutrinário, para mostrar, por fim, como a Bíblia e a literatura giram em torno de quatro preocupações principais da vida humana.