Com prefácio de André Seffrin, MENINO ANTIGO reúne poemas que articulam visões da infância e da adolescência de Drummond. São lembranças que o poeta não despeja diretamente no papel, mas como que usa o verso e a metáfora para ir buscá-las, num passado refeito (poeticamente), reconstruído. É então que somos como que convidados a participar do mundo que fundou a sua poesia. O pai que mourejava na sua fazenda, próxima à cidade, da qual saía todas as manhãs uma mulazinha, puxada por um empregado, para ir levar o leite produzido até Itabira. A rigidez desse pai contrastando com a doçura da mãe. Os bichos, plantas e árvores, cuja a vida a natureza é que ia levando, sempre igual, mas nos quais a sutileza do olhar do poeta enxergava episódios a se destacar no cotidiano.