Um livro para todos aqueles que se interessam pelo modo como os sentidos se constroem e circulam em nossa sociedade. A autora constrói, discursivamente, um arquivo de obras de diferentes autores, de épocas distintas, que tratam da alfabetização/do analfabetismo, analisando, a partir de marcas linguísticas presentes nos textos, o trabalho da memória na construção de referentes, de sentidos e de posições sujeito, pelo movimento da paráfrase e da polissemia, pelo estabelecimento de fronteiras simbólicas móveis e movediças nas práticas pedagógicas e linguísticas de uma sociedade colonizada e letrada, compreendendo, assim, os atos simbólicos e políticos aí implicados; a potência da escrita em suas possibilidades de coerção e, ao mesmo tempo, de liberdade, de poesia.