Como compreender ou explicar que em pouco mais de duas décadas, as denominações com a proposta religiosa do neopentecostalismo conquistaram, só no Brasil, milhões de seguidores? Ou ainda, que de um simples salão alugado para o início de suas atividades, uma recém criada igreja rapidamente ganhe projeção econômica e visibilidade social passando a ocupar grandes espaços outrora utilizados por cinemas ou lojas, alugando horários nobres no Rádio ou na TV para veiculação de seus programas, como também adquirindo concessões para o uso de tais meio de comunicação? Devemos nos referir aos adeptos de tais segmentos religiosos como "fiéis" ou "clientes"? Seriam estes meros consumidores de agências produtoras de bens simbólicos, que não apresentam maior adesão a tais entidades e nem se tornam membros ativos e de votos da causa que abraçaram? Se eles têm se tornado tão coesos, não obstante as críticas e denúncias especialmente veiculadas pela mídia, que força cimenta essa união a tais segmentos chamados neopentecostais? Em busca de explicações para estes e outros questionamentos o presente livro se propõe a investigar os elementos que dão solidez e sustentação às práticas que ali ocorrem.