Imerso na profusão de sentidos, o termo coisa desdobra-se de um extremo a outro da sugestão e do significado. Vincula-se à realidade mais prosaica, dilata-se na fluidez do mistério. Região do absoluto, na coisa persiste o fato e o seqüestro psicológico. O Livro de Coisas de Ricardo Miyake embrenha-se nesse território movente, recortando sensações agudas de incompletude e moldando uma mitologia poética particular toda ela nutrida pelo gosto do paradoxo.