Sou alma inquietante. Que o fogo das amantes, ou a paz dos horizontes, não pode me aquietar. Nem o sonho dos errantes, nem o ventre das gestantes, nem as águas puras das fontes, não pode me aquietar. Nem o som mais retumbante, nem o sorriso mais elegante, nem a simpatia mais galante, não pode me aquietar. Nem o vôo da águia, rasante, nem o nó dos barbantes, nem o pão que a vida garante, não pode me aquietar. Alma de noite sem sexo, alma de sonho sem nexo, e no seu viver complexo, nem sabe o que é amar.