Partindo do pressuposto de que as antigas teses sobre a decadência e estagnação de Minas oitocentista são infundadas, A Princesa do Oeste convincentemente demonstra um quadro oposto, marcado, sobretudp na primeira metade do século, por prosperidade, dinamismo e uma diversidade produtiva extraordinária. Desvelam-se as intrincadas redes de relações comerciais entre a elite mercantil de São João com a praça do Rio de Janeiro e, igualmente importante, com produtores e comerciantes espalhados por quase todo território mineiro. É o caráter de estudo de caso, aliado à pesquisa incansável, às análises quantitativas coerentes, de fácil compreensão, e ao emprego criterioso e original de um variado leque de abordagens metodológicas sobre a história econômica da Comarca do Rio das Mortes que empresta à obra um valor inquestionável como contribuição à historiografia mineira e brasileira acerca do século XIX.