Crianças mapuche envolvidas em protestos políticos pelos direitos indígenas, secundaristas dando vazão a seus anseios políticos por meio da ocupação de colégios, meninos que vendem pedras semipreciosas à beira de estradas, filhos de ativistas perseguidos pela ditadura e filhos de casais gays são alguns dos personagens que povoam os capítulos deste volume. Em cada uma destas situações investiga-se o que "ser criança", "ser jovem" ou "ser adulto" significa, conforme as circunstâncias singulares do contexto. À luz das etnografias elaboradas aqui, a própria rede institucional organizada em nome da criança - profissionais da psicologia, do trabalho social e do direito, assim como as políticas públicas e as próprias leis - assume novas cores. Nestas páginas, as crianças emergem como sujeitos ativos, capazes de resistir, negociar e reinventar as informações e os modelos que lhes são ofertados por adultos. No entanto, também aparecem os adultos com os quais se relacionam - de quem elas dependem, se opõem ou obedecem, com quem negociam. Esta obra é fruto de comunicações apresentadas durante a IV Jornada de Pesquisa sobre Infância e Família, evento realizado em Porto Alegre, no mês de agosto de 2017. O objetivo das organizadoras permanece constante: dar visibilidade à contribuição da reflexão antropológica ao campo interdisciplinar dos estudos da infância, no intuito de promover o diálogo entre profissionais e estudantes de áreas diversas, contribuindo assim para práticas que promovam o bem-estar de crianças e suas famílias.Crianças mapuche envolvidas em protestos políticos pelos direitos indígenas, secundaristas dando vazão a seus anseios políticos por meio da ocupação de colégios, meninos que vendem pedras semipreciosas à beira de estradas, filhos de ativistas perseguidos pela ditadura e filhos de casais gays são alguns dos personagens que povoam os capítulos deste volume. Em cada uma destas situações investiga-se o que "ser criança", "ser jovem" ou "ser adulto" significa, conforme as circunstâncias singulares do contexto. À luz das etnografias elaboradas aqui, a própria rede institucional organizada em nome da criança - profissionais da psicologia, do trabalho social e do direito, assim como as políticas públicas e as próprias leis - assume novas cores. Nestas páginas, as crianças emergem como sujeitos ativos, capazes de resistir, negociar e reinventar as informações e os modelos que lhes são ofertados por adultos. No entanto, também aparecem os adultos com os quais se relacionam - de quem elas dependem, se opõem ou obedecem, com quem negociam. Esta obra é fruto de comunicações apresentadas durante a IV Jornada de Pesquisa sobre Infância e Família, evento realizado em Porto Alegre, no mês de agosto de 2017. O objetivo das organizadoras permanece constante: dar visibilidade à contribuição da reflexão antropológica ao campo interdisciplinar dos estudos da infância, no intuito de promover o diálogo entre profissionais e estudantes de áreas diversas, contribuindo assim para práticas que promovam o bem-estar de crianças e suas famílias.