No último dia da ‘Festa do Peão’ de Porto Paraíso, pacata cidade interiorana, uma jovem chamada Rebeca, com apenas dezoito anos, é encontrada morta com dezenove facadas no meio do cafezal da fazenda de seu pai. Ela era filha do doutor Ciro Castro Gusmão, descendente do Barão Fellipo Castro Gusmão, um dos fundadores da cidade, o homem mais rico e poderoso da região – político colecionador de inimigos – que jurou vingança e, ao lado do filho caçula, Marcelo, tentou de todas as formas dar cabo da vida do acusado Josué na prisão. O caso não foi conduzido com o rigor e a isenção necessária, apesar dos esforços do delegado, o doutor Flávio. Interesses escusos predominaram ao longo das investigações. O preso foi levado à presença do Tribunal Júri Popular. Às vésperas da sessão, o doutor Jurandir foi contratado para realizar a defesa do réu em plenário. A batalha travada entre o defensor e o doutor Maurício, o Promotor de Justiça, foi memorável. A partir daí, a opinião dos Porto Paraisenses se dividiu, culpado ou inocente. Os jurados deram o seu desastroso veredito. Muitas surpresas e reviravoltas ocorrem ao longo da narrativa, que é feita pelo doutor Telles, o juiz que presidiu o fatídico julgamento.