A imaginação sobre a morte é paradoxal: projeta vivências sobre algo impossível de ser experimentado em sua totalidade. Por isso, não seriam imagens da morte uma poética da finitude, experimentos sobre o inexprimível? Imaginar a morte como possibilidade não seria tentar compreender os limites do conhecimento? O diálogo entre literatura e hermenêutica, a partir de Adonias Filho e Gaston Bachelard, e a análise de obras e autores como Epopéia de Gilgamesh, Livro egípcio dos mortos, tragédias de Sófocles e Eurípides, Antônio Vieira, Machado de Assis, Juan Rulfo e Fernando Pessoa, procuram dimensionar este intercampo entre palavra, imaginação e finitude.