Os apócrifos da infância devem ser compreendidos no âmbito do imaginário de fé. Muitas dessas histórias de ternura e travessuras são aberrantes, mas não deixaram de reforçar a teologia que se tornou oficial, hegemônica, a vencedora dentre tantos outros modos de conceber e interpretar o evento Jesus Cristo. Nossos ouvidos estão tão acostumados a ouvir e nossos olhos, a ler, histórias que delinearam um Jesus divino e tão distante de todos nós, que não conseguimos ver um Jesus menino igual às crianças normais, nas travessuras e molequices. O Jesus histórico e da fé não é diminuído com o apócrifo.