Para entendermos como os processos cognitivos surgem em nossa operação enquanto sistemas biológicos, Humberto Maturana constrói um mecanismo gerativo que parte de uma definição de seres vivos que considera sua história evolutiva, a origem do humano, a linguagem e as emoções, exibindo o modo como esses fenômenos se entrelaçam e produzem nossa experiência diária no encontro com outros no meio em que vivemos. Ao fazê-lo, institui uma epistemologia de base biológica, naturalizada, transdisciplinar, que lhe permite tratar a ciência, a filosofia, a tecnologia e a vida cotidiana de maneira inusitada, e nos propicia uma reflexão aguda e indispensável sobre as relações humanas.