Exclusão digital é termo duplamente nocivo. O cidadão - seja ele jovem ou adulto - excluído da sociedade já está à margem, sem direitos ou voz para exigi-los. É alguém desconsiderando quando da tomada de decisões, um mero figurante no palco da sociedade. Contudo, apesar dos inúmeros percalços, há possibilidades de inserção e recomeço. No entanto, quando se é um excluído digital, poucas são as portas que permanecem abertas. Um excluído digital é anacrônico, um profissional engessado em épocas passadas. Numa era em que o futuro das mídias impressas e do livro como objetos físicos é colocado em debate, assim como a sobrevivência da indústria fonográfica ou mesmo o deslocamento de colaboradores para uma empresa física, desconhecer as vias digitais é colocar-se ao largo da história. Conhecimentos básicos de programas elementares são um primeiro passo importante e necessário, mas deve-se considerar que, ao discutir inclusão digital, coloca-se em pauta temas de importância social que suplantam o mero "computador". Com Inclusão Digital e Empregabildade, o Senac São Paulo, em parceria com o Núcleo de Pesquisa das Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas à Educação Escola do Futuro da Universidade de São Paulo, apresenta o projeto Acessa São Paulo, iniciado em 2000 com a intenção de disponibilizar aos seus usuários não apenas os aparatos técnicos, mas a produção e indicação de conteúdos de qualidade, tornado-os sujeitos no mundo digital.