Como um fotógrafo que retrata cenas e objetos em versos, Manoel de Barros se afasta da metáfora esperada, em uma espécie de alquimia linguística que nos faz capazes de ver o mundo de outra maneira. Esta edição traz documentosefotografias, além do prefácio de Bianca Ramoneda. Nesses seus ensaios de fotografia, Manoel de Barros se apropria do reino das imagens ou, como ele diz, do reino da despalavra. Dividido em duas partes Ensaios fotográficos e Álbum de família este livro nos oferece um poeta maduro e hábil no manejo do universo léxico que começou a desenhar desde sua primeira obra, Poemas concebidos sem pecado (1937). Ele mais uma vez reinventa a palavra, afastando-a de seu sentido usual.